Inversão dos Polos e do Campo Magnético da Terra
Mudança nos Pólos norte e sul e a Inversão do campo magnético da Terra.
Um número crescente de cientistas está começando a se preocupar de que a mudança dos pólos magnéticos já parece estar em curso e que isso seja o verdadeiro motivo por trás da aceleração das mudanças climáticas em todo o planeta.
Não seria somente a ação do homem, a poluição do ar, a atividade vulcânica subterrânea e SUBMARINA e o consequente aquecimento dos oceanos, 0 degelo das calotas polares, mas também as mudanças em nosso SOL …
Um campo eletromagnético fluindo sobre os dois polos de seu eixo central Norte e Sul, resultando em um Tórus.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
POR EYE – PUBLICADO EM ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E AS MUDANÇAS DA TERRA E MUDANÇA DE PÓLOS E ATIVIDADES SÍSMICAS
… Que como consequência já estariam provocando o começo lento e inevitável de uma mudança dos POLOS MAGNÉTICOS NORTE/SUL DA TERRA,
fato que se imagina que já aconteceu e causou a destruição de
civilizações inteiras no passado (Atlântida) e que seria um fator
importante nas extinções em massa de populações do planeta. A NASA
descobriu recentemente e divulgou informações sobre uma violação,
mudança importante no campo magnético da Terra.
Esta
quebra no campo magnético da Terra sozinho, na medida em que está
permitindo que os ventos solares altamente carregados energeticamente
entrem-PENETREM na atmosfera da Terra, é suficiente para realmente
atrapalhar e mudar o clima em todo o planeta. Não só esta aceleração
na mudança dos pólos magnéticos estaria bagunçando o clima planetário,
mas ela também pode ter efeitos importantes sobre geopolítica global. Estas
mudanças magnéticas não só são capazes de causar enormes super
tempestades globais, mas pode causar o colapso da civilização
planetária, em diferentes culturas e levar países inteiros ao colapso,
até mesmo servindo como desculpa para entrarem em guerra uns com os
outros.
Tudo ainda
continua a ser visto e analisado cientificamente, mas a reversão
magnética dos pólos da Terra parece estar se acelerando e aumentando
rapidamente e está afetando os padrões climáticos mundiais. A verdadeira
questão é o quão ruim as coisas vão começar a ficar antes que tudo se
instale em um retrocesso sem retorno até que se estabilize em um “novo
estado normal?” Em um determinado momento da história humana, se pensava
que o Pólo Norte estava na área que é hoje conhecida como a Baía de
Hudson.
Se a área da Baía de Hudson foi a última localização do Pólo Norte, para onde ele vai mais tarde? (pelos dados atuais ele parece estar se mudando para o interior da Rússia, a uma velocidade de 55 km por ano) E
quão ruim as super tempestades e mudanças climáticas no planeta se
transformarão antes de tudo se estabilizar em novos paradigmas? E
poderemos parar de culpar uns aos outros por estarmos causando isso e
trabalharmos juntos para sobreviver e manter a civilização intacta?
O Centro Nacional de Dados Geofísicos do N.O.A.A. mantém
um conjunto de dados anual das coordenadas da localização exata do
pólo norte magnético, voltando até o ano de 1590, derivado de medidas
iniciais a partir de localização de navios para as técnicas modernas
atuais. Notando que tem havido muita comunicação de mudança de pólo,
ultimamente, até o ponto onde o fenômeno está realmente causando
questões do mundo real, tais como fechamentos temporários de aeroportos,
mudanças nas suas coordenadas que são pintadas nas cabeceiras das
pistas de pouso e decolagem, uma investigação mais profunda estava
sendo necessária.
Depois de transferir os 420 anos de registros de dados da posição do pólo norte do Geo Data Center do NOAA,
configurá-lo para caber em uma planilha do Excel, adicionando uma
fórmula complicada para determinar a distância exata entre 2 conjuntos
de coordenadas de latitude e longitude, aplicando a fórmula a cada ponto
de dados da série, e, finalmente, planejar tudo isso em um gráfico
visual, é
alarmante descobrir o aumento da rapidez e uma brutal aceleração de
deslocamento do pólo norte em apenas e tão somente nos últimos 10 a 20
anos. (GlobalRumbling)
Desde
1860, a mudança dos pólos magnéticos bem mais do que duplicou a cada 50
anos. Isso é bastante significativo. Durante os últimos 150 anos, a
mudança de pólo tem ido na mesma direção. Durante os últimos 10 anos, o
pólo norte magnético se deslocou quase metade da distância total dos
últimos 50 anos! Em outras palavras, a mudança do pólo NORTE aparentemente se acelerou substancialmente. Não se sabe se a mudança vai acelerar mais ainda ou se desacelerar nos próximos anos. Alguns dizem que uma
inversão dos pólos da Terra já estaria atrasada, e esses fenômenos
podem ser indicadores de que o início do processo de reversão JÁ COMEÇOU
e de ser irreversível. (ModernSurvivalist)
A hipótese de mudança de pólo magnético
não deve ser confundida com a inversão geomagnética, a reversão
periódica do campo magnético da Terra (efetivamente também mudando os
pólos norte e sul magnéticos). A Inversão geomagnética tem mais
aceitação na comunidade científica que a hipótese de deslocamento do
pólo. A hipótese de mudança de polaridade é quase sempre discutida no
contexto da Terra, mas outros corpos do Sistema Solar podem ter
experimentado reorientação axial polar durante suas existências. A
teoria diz que a crosta externa da Terra mudou e se moveu várias vezes
no passado e que se moverá novamente no futuro.
Uma
inversão geomagnética é uma alteração na orientação do campo magnético
terrestre de tal modo que as posições de polo sul e norte magnético
tornam-se trocadas definitivamente. O
pólo norte magnético da Terra atualmente está à deriva do norte do
Canadá para o interior da Rússia, na Sibéria com uma taxa anual de 55 km
p/ano e atualmente em RÁPIDA aceleração. Também é desconhecido se esta deriva irá continuar a acelerar e na mesma taxa atual.
A Sociedade
humana planetária atual com a sua dependência de energia elétrica e
efeitos electromagnéticos (por exemplo, rádio, comunicações por
satélite, telefonia celular, transmissão de sinais de televisão,
internet, produção e distribuição de energia elétrica, localização
global/GPS) pode ser extremamente (É MUITO) vulnerável a apagões
tecnológicos no caso de uma reversão de campo magnético completo da
Terra.
O Campo
Geomagnético da Terra está passando por uma reversão. Não se sabe quando
ela será concluída, mas já está bem encaminhada, vai continuar em 2013 e para além. O
campo está se enfraquecendo com conseqüências de que a irradiação do
sol e vindas do espaço profundo estar penetrando em nossa atmosfera. Mas
a inversão também significa mudanças profundas acontecendo no interior
da terra, com consequências de terremotos em locais que não estão
familiarizados com eles e novos vulcões surgindo. Durante a inversão,
podemos experimentar um aumento considerável da atividade sísmica, mesmo
um enxame de terremotos.
Três novos
vulcões estão nascendo em vários locais submarinos do Oceano Pacífico
neste momento. A reversão do Campo Geomagnético é um produto das
mudanças que acontecem no interior da Terra. O núcleo está girando
ligeiramente mais depressa do que a crosta externa que foi reduzida sua
velocidade pelo efeito de arrastamento da lua através das marés. A
rotação diferencial é o que gera o campo magnético. Como o núcleo gira,
as linhas do campo magnético se comportam como o que acontece na
superfície do sol quando o sol tem rotação diferencial do seu equador
aos polos. A rotação diferencial em ambos os casos se estende as linhas
do campo magnético, de modo que elas se enrolam em torno do sol ou da
Terra.
Em um
determinado momento, em cada caso, o campo magnético encaixa as linhas e
o campo se inverte e se reconstrói.O fluxo diferencial do sol ocorre
muito mais rapidamente do que o da terra, de modo que o ciclo magnético
do sol ocorre em cerca de 22 anos, em média. A Terra demora mais e é
aperiódica devido ao enrolamento mais lento e a interação com a lua, o
sol e dos demais planetas. Inversões de campo típicos pode levar
centenas de milhares ou até milhões de anos.
O estado atual da geomagnetosfera é muito caótico sem orientação norte-sul definitiva dos pólos . Em
vez disso, é uma colcha de retalhos de pólos em todo o lugar. É análogo
ao da superfície do sol durante um período máximo de manchas solares,
onde existem muitos campos acoplados por meio de pares de manchas solares. Os
restos do campo principal ainda existem, mas está enfraquecendo, com o
pólo sul magnético mais perto do equador do que o pólo norte
magnético. Imagens de satélite mostram que o campo global tem quebrado
em muitas regiões locais com abundância de zonas neutras entre eles onde
a radiação solar e cósmica pode chegar a penetrar até superfície da
terra livremente, exceto pela atmosfera.
Em março
de 2010, o Space Weather (Clima Espacial) da NASA nos disse duas
coisas. O primeiro é que o campo magnético da Terra já esta quase a zero
em sua força total, quebrado em centenas de pequenos campos
acoplados. O sol no momento esta relativamente calmo na emissão de
flares de acordo com o que é observado pela atividade solar na
terra. Estas zonas magnéticas estão
mudando continuamente e há um presságio de mudança. Parece que o campo
geomagnético estará globalmente neutro em torno de 2012/2013.
Exatamente
agora, a Terra está aberta à penetração de radiação ionizante de todas
as fontes, mas o clima solar local e o cósmico esta relativamente calmo.
Mas isso não vai continuar assim e é difícil saber com antecedência
quando um evento de radiação virá do cosmos em geral. Com o sol, podemos
ter um ou dois dias de antecedência a respeito de um evento de emissão
de nuvem carregada de prótons, mas não para os raios gama, uma vez que
vai bater no momento em que vemos sinais como uma ejeção de massa
coronal.
Onde os
campos magnéticos caóticos estão no seu ponto mais fraco, é exatamente
por onde as auroras polares vão nos mostrar e nos alertar de que se
aproxima a radiação. A radiação ionizante significa um aumento de
orientação na mudança evolutiva e doenças relacionadas com a mesma. Um
sinal dos tempos é o aumento na atividade sísmica, inclusive em regiões
que são considerados geologicamente estáveis e não sujeitas a
terremotos. (Newsolio)
A
Magnetosfera da Terra é o que gera os pólos magnéticos do planeta. Ele
também nos protege do vento solar prejudicial que emana do Sol e da
radiação de fora do nosso sistema solar. Envelopa a Terra e se estende
para fora da atmosfera. É por isso que as missões para a Lua e outros
planetas são prejudicadas pela radiação, mas as missões em órbita sofrem
menos.
Os
cientistas sabem que a inversão dos polos já aconteceu muitas vezes no
passado. A orientação da direção dos grãos magnéticos que permeiam
sucessivamente a crosta da Terra, particularmente do fundo do mar são a
peça principal da comprovação desse fato. Quando a rocha é nova e foi
derretida os grãos magnéticos são livres para se alinharem com o campo
magnético vigente. Na medida que a rocha esfria, os grãos estão
congelados no tempo. Como o fundo do mar se expande para fora (no
Atlântico), é regularmente listrado com as rochas orientados em direções
diferentes. Isso indica que os pólos magnéticos já se inverteram muitas
vezes ao longo da história da Terra.
The South Atlantic Anomaly, a Anomalia
(magnética) do Atlântico Sul (ou SAA) é a região interna do cinturão de
radiação de Van Allen da Terra faz sua maior aproximação na superfície
do planeta. Assim, para uma dada altura, a intensidade da radiação é
maior nesta região do que noutro local. Os cinturões de radiação de Van
Allen são simétricos com o atual eixo magnético da Terra, que está
inclinado em relação ao eixo de rotação da Terra em um ângulo de ~ 11
graus.
Além
disso, o eixo magnético é deslocado a partir do eixo de rotação por ~
450 km (280 milhas). Por causa da inclinação e deslocamento, o interior
do Cinturão de Van Allen está mais próximo da superfície da Terra sobre o
oceano Atlântico sul (a maior parte sobre o BRASIL), e mais distante da superfície da Terra ao longo do Oceano Pacífico Norte.
Alguns
cientistas acreditam que essa anomalia é um efeito colateral da reversão
geomagnética. Isto pode resultar de um mal-entendido da literatura
existente, que menciona um enfraquecimento lento do campo geomagnético
como uma das várias causas para as mudanças nas fronteiras da SAA desde a
sua descoberta. O que é verdade é que, como o campo geomagnético
continua a se enfraquecer, o interior do Cinturão de Van Allen vai se
aproximar da Terra, com um aumento proporcional do SAA em determinadas
altitudes.
A porção
de maior intensidade da SAA deriva para o oeste, a uma velocidade de
cerca de 0,3 graus por ano, e é visível nas referências listadas abaixo.
A velocidade de deriva da SAA é muito próxima do diferencial de rotação
entre o núcleo da Terra e a sua superfície, que estima-se estar entre
0,3 e 0,5 graus por ano. (MaritimeConnector)
A Anomalia
do Atlântico Sul (SAA) é conhecida por estar crescendo em extensão e se
espalhando desde a costa oeste da África do Sul, em direção ao Brasil, na medida em que o campo magnético interno da Terra se enfraquece rapidamente nesta região.
Esta pode ser uma evidência inicial de uma futura reversão na direção
do campo magnético interno da Terra. Não sabemos em detalhes exatamente o
que ocorre durante essas inversões, incluindo as mudanças observadas no
campo magnético e o tempo que uma reversão do campo magnético leva para
se completar. No entanto, estes fatores são importantes para saber onde
o risco de radiação pode ser aumentado e como a atmosfera pode
responder.
O campo
magnético da Terra tem tido muitos altos e baixos e reviravoltas em seu
passado. A última reversão foi de cerca de 800 mil anos atrás (n.t.
na realidade foi há apenas 13 mil anos atrás, evento que ficou
registrado como o dilúvio de Noé, mas foi o afundamento final da última
Ilha/continente de Atlântida). Assim, a Terra é conhecido
por ser capaz de voltar a gerar o seu campo magnético e tem feito isso
durante a pré-história humana. Compreender o desenvolvimento da SAA
pode, portanto, ser significativo para a compreensão do processo de
reversão e seu impacto sobre a vida e o meio ambiente natural do
planeta. (BrittishGeologicalSurvey)
A Mudança polar e o aumento dos Terremotos
O aumento
considerável no número de fortes terremotos nos últimos anos pode estar
relacionado com o fenômeno da mudança magnética polar, e ambos são
subprodutos do núcleo externo líquido de ferro turbulento em ebulição
da Terra, se agitando em torno de um núcleo de ferro interno sólido tão
quente como o Sol e girando mais rápido do que o rotação externa do
próprio planeta.
O Manto e a
crosta da Terra estão flutuando em cima de um mar tempestuoso de
condutores de eletricidade de ferro fundido líquido que produz o campo
magnético do planeta pelo chamado efeito Dinamo.
O pólo norte magnético foi localizado pela primeira vez em 1831 e tem
sido regularmente monitorado até a medição mais recente tomada há algum
tempo atrás, em 2001. Durante esse tempo, o pólo se moveu a uma incrível
distância de 1,100 km. Na verdade, desde 1970, o pólo vem se movendo
muito mais rápido, a partir de 10 km para 40 km por O deslocamento polar
é causado por alterações substanciais na circulação do núcleo externo
de ferro fundido da Terra.
O Dr. Tony Phillips de Science News – NASA indicou
os seguintes detalhes sobre reversões polares. Cerca de 400 reversões
de deslocamento polar já teriam ocorrido durante os últimos 330 milhões
anos, enquanto o intervalo médio entre reversões durante os tempos
geológicos recentes tem sido de cerca de 200 mil anos. A última reversão
de campo magnético da Terra ocorreu cerca de 780.000 anos atrás, e que
hoje, aparentemente, uma nova reversão já estaria muito atrasada. A
maioria das evidências recolhidas a partir de análise de certos tipos de
rocha indica que um processo de reversão do deslocamento polar pode
levar 1.000 ou até 8.000 anos para ser concluído.
No
entanto, há também relatos e registros do próprio processo se completar
muito, muito mais rápido do que isso, sendo o mais famoso a partir de
medidas tomadas de rocha de lava nas Montanhas Steens, no Oregon,
que indicam que o campo magnético foi mudando até 6 graus por dia,
durante um deslocamento polar especial cerca de 16 milhões de anos
atrás. Tudo o que estamos vendo aqui ultimamente em relação ao deslocamento magnético polar da Terra e os terremotos atualmente, tudo pode estar relacionado e pode ser reflexos de mudanças que estão ocorrendo nas profundezas da Terra abaixo de nossos pés. (Survivalist Moderna)
por Rubens Venâncio dos Santos, Antônio José Gomes e Rosilene Gomes
Uma inversão geomagnética é a mudança de orientação do campo magnético terrestre
de tal forma que o norte e o sul magnéticos são intercambiados. Estes
eventos implicam frequentemente um declínio prolongado da intensidade do
campo seguido por uma recuperação rápida após o estabelecimento da nova
orientação. Estes eventos ocorrem a uma escala de dezenas de milhar de
anos ou mais, tendo a mais recente (a inversão de Brunhes–Matuyama) ocorrido há 780 000 anos.
História
No início do século XX os geólogos repararam pela primeira vez que
algumas rochas vulcânicas estavam magnetizadas segundo uma direção
oposta à esperada. A primeira estimativa de quando haviam ocorrido as
inversões magnéticas foi feita na década de 1920 por Motonori Matuyama,
que observou que os campos magnéticos de algumas rochas do Japão
estavam ao contrário e que estas rochas eram todas dos início do Pleistoceno
ou mais antigas. Naquela altura, a polaridade da Terra era mal
compreendida e a possibilidade de ocorrência de inversões suscitaram
pouco interesse.[1]
Três décadas mais tarde, quando o campo magnético da Terra era já
mais bem compreendido, foram avançadas teorias que sugeriam a
possibilidade da inversão do campo no passado remoto. A maioria da
investigação sobre o paleomagnetismo durante a década de 1950 incluía o estudo da deriva polar e da deriva continental.
Embora tenha sido descoberto que algumas rochas invertiam o seu campo
magnético enquanto arrefeciam, tornou-se aparente que a maioria das
rochas vulcânicas preservavam vestígios do campo magnético terrestre da
época em que elas haviam arrefecido. Inicialmente pensou-se que as
inversões ocorriam com período aproximadamente igual a 1 milhão de anos,
mas durante a década de 1960 tornara-se aparente que a sua distribuição
temporal era errática das inversões geomagnéticas.[1]
Durante as décadas de 1950 e 1960 a informação sobre as variações do
campo magnético terrestre foi recolhida sobretudo por meio de navios de
investigação. Mas as rotas complexas das viagens oceânicas tornavam
difícil a associação dos dados de navegação com as leituras de magnetómetro.
Apenas quando os dados foram representados num mapa é que se tornou
aparente que surgiam no fundo oceânico faixas magnéticas
surpreendentemente regulares e contínuas.[1]
Em 1963 Frederick Vine e Drummond Matthews forneceram uma explicação simples ao combinarem a teoria da expansão do fundo oceânico de Harry Hess
com a escala temporal das inversões: se o novo fundo oceânico adquiria o
campo magnético atual, a expansão a partir de uma crista central
produziria faixas magnéticas paralelas à crista.[2] O canadiano L. W. Morley
propôs de modo independente uma explicação similar em janeiro de 1963,
mas o seu trabalho foi rejeitado pelos periódicos científicos Nature e Journal of Geophysical Research, permanecendo por publicar até 1967, quando apareceu na revista literária Saturday Review.[1] A hipótese Morley–Vine–Matthews foi o primeiro teste científico essencial à teoria da expansão do fundo oceânico da deriva continental.
Com início em 1966, cientistas do Observatório Geológico Lamont–Doherty descobriram que os perfis magnéticos através da dorsal pacífico-antártica eram simétricos e coincidiam com o padrão das cristas de Reykjanes
do Atlântico Norte. As mesmas anomalias magnéticas foram encontradas
sobre a maioria dos oceanos do mundo, permitindo que fosse estimada a
idade da maior parte da crusta oceânica.[1]
Por meio da análise dos dados paleomagnéticos, sabe-se hoje que o
campo magnético terrestre inverteu a sua orientação dezenas de milhares
de vezes desde a formação do planeta. Com a cada vez mais precisa Global Polarity Timescale (GPTS)
(escala temporal global de polaridade) tornou-se aparente que a taxa à
qual ocorrem as inversões ao longo do tempo variou consideravelmente no
passado. Durante alguns períodos do tempo geológico (por exemplo o Longo
Normal Cretácico), o campo magnético terrestre manteve uma só
orientação durante dezenas de milhões de anos. Outras inversões parecem
ter ocorrido muito rapidamente, com duas destas inversões durante um
período de 50 000 anos. O geólogo Scott Bogue do Occidental College e
Jonathan Glen do US Geological Survey encontraram mesmo evidências nas lavas antigas de Battle Mountain,
Nevada, que indicam a possibilidade de uma inversão rápida do campo
geomagnético num período de apenas quatro anos. A inversão foi datada
como tendo aproximadamente 15 milhões de anos de idade.[3] Crê-se que a última inversão (a inversão Brunhes–Matuyama) tenha ocorrido há cerca de 780 000 anos.
Causas
A opinião científica encontra-se dividida quanto às causas das
inversões geomagnéticas. Segundo uma teoria elas devem-se a eventos
internos ao sistema que gera o campo magnético terrestre. Outra defende
que elas devem-se a eventos externos.
Eventos internos
Muitos cientistas creem que as inversões são uma característica inerente à teoria do dínamo
sobre como é gerado o campo geomagnético. Em simulações por computador,
observa-se que as linhas do campo magnético podem por vezes ficar
entrançadas e desorganizadas devido aos movimentos caóticos do metal líquido no núcleo da Terra.
Algumas simulações, tal conduz a uma instabilidade na qual o campo
magnético assume espontaneamente a orientação oposta. Este cenário é
apoiado pelas observações do campo magnético do sol, o qual sofre inversões
espontâneas a cada 9-12 anos. Contudo, no caso do sol observa-se que a
intensidade magnética solar aumenta muito durante a inversão, enquanto
todas as inversões na Terra parece ocorrer durante períodos de baixa
intensidade do campo.
Os métodos computacionais atuais usaram grandes simplificações de
modo a produzirem modelos que podem ser corridos em escalas temporais
aceitáveis para os programas de investigação.
Eventos externos
Outros, como Richard A. Muller,
creem que as inversões geomagnéticas não são processos espontâneos mas
antes desencadeadas por eventos externos que interrompem diretamente o
fluxo no núcleo da Terra.[4] Tais processos podem incluir a chegada de lajes continentais arrastadas para baixo em direção ao manto por ação da tectônica de placas nas zonas de subducção, a iniciação de novas plumas mantélicas a partir da fronteira núcleo-manto, e possivelmente forças de corte núcleo-manto resultantes de eventos de impacto
muito grandes. Os apoiantes desta teoria defendem que qualquer um
destes eventos poderia levar à interrupção do dínamo em grande escala,
desligando efetivamente o campo geomagnético. Dado que o campo magnético
é estável tanto na orientação Norte-Sul atual como numa orientação
inversa, propõe-se que quando o campo recupera de uma tal interrupção,
ele "escolhe" espontaneamente um ou outro estado, de forma que uma
recuperação é vista como uma inversão em cerca de metade de todos os
casos.
São também conhecidas interrupções breves que não resultam numa inversão, designando-se excursões geomagnéticas.
Observação do campo magnético no passado
As inversões passadas podem ser e foram registradas em minerais de depósitos sedimentares solidificados ou fluxos de lava arrefecidos sobre terra ferromagnéticos (ou mais precisamente ferrimagnéticos).
Porém, originalmente, reparou-se no registo das inversões
geomagnéticas antigas pela primeira vez durante a observação das
"anomalias" magnéticas em faixas no fundo oceânico. Lawrence W. Morley, Frederick John Vine e Drummond Hoyle Matthews fizeram a ligação com a expansão dos fundos oceânicos da hipótese Morley-Vine-Matthews[2] [5] o que em breve levaria ao desenvolvimento da teoria da tectónica de placas.
Dados que o fundo oceânico expande-se a uma velocidade relativamente
constante, tal resulta em "faixas" evidentes do substrato a partir das
quais a polaridade do campo magnético no passado pode ser inferida ao
observar os dados obtidos a partir de um magnetómetro arrastado ao longo do fundo oceânico.
Contudo, uma vez que não existe fundo oceânico não subduzido (ou
fundo oceânico encavalado em placas continentais, como no caso dos ofiolitos)
muito mais antigo que 180 milhões de anos de idade, são necessários
outros métodos para detectar inversões mais antigas. A maioria das rochas sedimentares incorporam pequenas quantidades de minerais
ricos em ferro, cuja orientação é influenciada pelo campo magnético
ambiente ao tempo da sua formação. Sob condições favoráveis, é possível
assim extrair informação sobre as variações do campo magnético a partir
de muitos tipos de rochas sedimentares. Porém, processos diagenéticos subsequentes ao enterramento podem apagar as evidências do campo original.
Uma vez que o campo magnético está presente em todo o globo, a
descoberta de padrões semelhantes de variações magnéticas em sítios
diferentes é um método usado para correlacionar idades entre vários
locais. Nas últimas quatro décadas foram recolhidas grandes quantidades
de dados paleomagnéticos sobre as idades dos fundos oceânicos (até ~250
Ma), dados estes que se tornaram uma importante e conveniente ferramenta
para estimar as idades de secções geológicas. Não é um método de
datação independente, dependendo dos métodos de datação "absoluta"como
sistemas radioisotópicos para derivar idades numéricas. Tornou-se
especialmente útil para os geólogos metamórficos e ígneos, os quais
raramente dispõem de fósseis característicos para estimarem idades.
Escala de tempo da polaridade geomagnética
Frequência variável das inversões geomagnéticas ao longo do tempo
A frequência das inversões campo magnético da Terra tem variado muito
ao longo do tempo. Há 72 milhões de anos (Ma), o campo inverteu-se 5
vezes no intervalo de um milhão de anos. Durante um período de 4 milhões
de anos centrado na idade de 54 milhões de anos, ocorreram 10
inversões; há cerca de 42 milhões de anos, ocorreram 17 inversões num
intervalo de 3 milhões de anos. Durante um período de 3 milhões de anos
centrado na idade de 24 milhões anos, ocorreram 13 inversões. Num
período de 12 milhões de anos, centrado na idade de 15 milhões de anos,
ocorreram pelo menos 51 inversões. Estas eras de inversões frequentes
são contrabalançadas por uns poucos "supercrons" - períodos longos em
que não ocorreram inversões.[6]
Durante muito tempo presumiu-se que a frequência das inversões geomagnéticas é aleatória; em 2006, uma equipa de físicos da Universidade da Calábria descobriu que as inversões seguem uma distribuição de Lévy, a qual descreve processos estocásticos com correlações de longo alcance entre eventos separados no tempo.[7]
Supercron Normal Longo do Cretáceo
Um longo período de tempo durante o qual não ocorreram inversões dos
polos magnéticos, o Normal Longo do Cretáceo (NLC, também chamado
Supercron do Cretáceo ou C34) durou quase 40 milhões de anos, entre 120 e
83 milhões de anos atrás.Este período de tempo inclui estágios do
período Cretáceo do Aptiano ao Santoniano,
e pode ver-se ao observar a frequência das inversões magnéticas
imediatamente anteriores e posteriores ao NLC, que a frequência
decresceu regularmente antes deste período, atingindo o seu ponto mais
baixo (sem inversões) durante o período NLC. Após o Supercron do
Cretáceo a frequência das inversões aumentou lentamente ao longo dos 80
milhões de anos seguintes, até ao presente.
Zona Calma do Jurássico
A Zona Calma do Jurássico é uma secção do fundo oceânico que é
completamente desprovida de faixas magnéticas que possam ser detectadas
em qualquer outro local. Tal poderia significar que houve um período
longo de estabilidade polar durante o período Jurássico semelhante ao
Supercron do Cretáceo. Outra possibilidade é que, uma vez que se trata
da secção mais antiga do fundo oceânico, qualquer magnetização que
pudesse haver existido se tenha já degradado. A Zona Calma do Jurássico
existe em locais ao longo das margens continentais do Oceano Atlântico
bem como em partes do Pacífico Ocidental (como imediatamente a leste da fossa das Marianas).
Polaridade
geomagnética desde meados do Jurássico. As áreas escuras denotam períodos em
que a polaridade corresponde à atual, as áreas claras denotam períodos em que a
polaridade é inversa.
Supercron Inverso Longo Kiamano
Este longo período sem inversões geomagnéticas durou desde aproximadamente o final do Carbonífero até ao final do Pérmico,
ou mais de 50 milhões de anos, entre 316 e 262 milhões de anos atrás. O
campo magnético tinha orientação inversa da atual. O nome "Kiamano"
deriva da aldeia australiana de Kiama, onde, em 1925, foram descobertas
algumas das primeiras evidências geológicas deste supercron.[8]
Supercron Inverso Moyero
Suspeita-se que este período do Ordovícico
durando mais de 20 milhões de anos (485 a 463 milhões de anos) inclua
outros supercrons (Pavlov &. Gallet 2005, Episodes, 2005). Mas até
agora este possível supercron apenas foi encontrado na Sibéria, na
secção do rio Moyero a norte do círculo polar ártico.
Futuro do campo presente
Variações geomagnéticas desde a última inversão.
A natureza do campo magnético da Terra é de flutuação heteroscedástica.
Uma medição instantânea do campo, ou várias medições ao longo de várias
décadas ou séculos, não é suficiente para extrapolar uma tendência
global na força do campo. Tem aumentado e diminuído no passado sem razão
aparente. Adicionalmente, a intensidade local do campo dipolo (ou a sua
flutuação) é insuficiente para se caracterizar o campo magnético
terrestre como um todo, dado que não é estritamente um campo dipolo. A
componente dipolo do campo magnético terrestre pode diminuir mesmo
quando o campo magnético total permanece inalterado ou se intensifica.
O polo norte magnético da Terra encontra-se em deriva do norte do Canadá em direção à Sibéria com uma taxa atualmente crescente — 10 km por ano no início do século XX, 40 km por ano em 2003,[9] [10]
e 64 km atualmente, acumulando um deslocamento de 1.100 quilômetros ao
norte do ponto em que pesquisadores o localizaram pela primeira vez[11] .
Glatzmaier e o seu colaborador Paul Roberts da UCLA
fizeram um modelo numérico dos processos eletromagnéticos e de dinâmica
de fluidos no interior da Terra. Os resultados da sua simulação
computacional reproduziram caraterísticas-chave do campo magnético ao
longo de mais de 40 000 anos de tempo simulado. Adicionalmente, o campo
gerado por computador inverteu-se.[12]
Efeitos na biosfera e na sociedade humana
Dado que a inversão do campo magnético nunca foi observada por
humanos com instrumentação, e como o mecanismo da geração do campo não é
bem compreendido, é difícil dizer quais serão as caraterísticas do
campo magnético conducentes a uma tal inversão.
Alguns especulam que um campo magnético muito diminuído durante um
período de inversão exporá a superfície da Terra a um aumento
substancial e potencialmente danoso da radiação cósmica. Contudo, o Homo erectus
e os seus antepassados certamente sobreviveram a muitas inversões
prévias, embora não dependessem de sistemas informáticos que pudessem
ser danificados por grandes ejeções de massa coronal.
Não existem provas incontestadas de que um campo magnético tenha alguma vez causado uma extinção biológica. Uma possível explicação é que o vento solar pode induzir um campo magnético na ionosfera da Terra suficiente para proteger a superfície de partículas energéticas, mesmo na ausência do campo geomagnético normal.[13]
Outra possível explicação é que o campo magnético não desaparece
completamente, formando-se muitos polos de modo caótico e em locais
diferentes durante a inversão, até estabilizar novamente.[14] [15]
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